Hoje não estou aqui para escrever algo sobre a qual eu tenha algum conhecimento e sim para tentar entender o que está acontecendo.
Desde ontem tenho assistido aos noticiários e posso confessar: Já chorei na frente no televisor. Até o momento que comecei a escrever, o número era de 480 mortos, 400 famílias desabrigadas e com certeza tende a crescer.
Estou falando da tragédia na área Serrana do Rio de Janeiro.
Vi há pouco o resgate de uma senhora que estava no que ainda restava da sua casa e com uma corda jogada por moradores do edifício ao lado, que por ordem de Deus não desmoronou, foi retirada de lá no exato momento em que tudo era levado pelas águas. Desesperada e com um pequeno cachorro nos braços, viu-se obrigada a solta-lo para que pudesse salvar a sua vida e ser içada por quase 10 metros, por dois rapazes que se machucaram mas salvaram sua vida.
A explicação técnica e racional para tal tragédia está sendo o crescimento desordenado das cidades e a falta de fiscalização das autoridades. Concordo é claro, quem poderia discordar nesta altura dos acontecimentos. Mas não é disso que gostaria de tratar aqui e sim o por que de tantos desastres, tantos desajustes da natureza.
Pensei muito nisso tudo desde ontem e é claro que não cheguei a nenhuma conclusão e sim apenas a mais e mais indagações.
Por que quase sempre estas tragédias acontecem no Rio de Janeiro?
Por que desta vez a tragédia teve esta dimensão e estrago tão grandes que leva ao estarrecimento geral?
Por que especificamente com estas pessoas, com esta população, algumas já tão sofridas e outras nem tanto assim?
Por que a natureza tem mostrado sua força tantas e tantas vezes?
Não sei a resposta para nenhuma delas, na realidade tenho até receio de tentar responder alguma.
Mas isto poderia ter acontecido comigo, com você, com algum familiar, enfim com qualquer um. Assim como havia por lá algumas famílias de férias, nós também poderíamos ter escolhido aqueles locais para descansar e confraternizar com a família, mas optamos por ficarmos onde estamos ou irmos para outros locais, tão seguros quanto achamos que eram estes que se acabaram.
O que fazer agora? Eu, você, nós que estamos aqui em local seguro. Acredito que primeiramente e orar, primeiro pelos que não resistiram as águas, para que encontrem do outro lado, seja o que for, pela crença de cada um, o melhor para eles, que estejam na luz e que encontrem a paz. Orar pelos que conseguiram sobreviver, que tenham forças para enterrar seus mortos e reerguer suas casas e suas vidas. E sempre orar em agradecimento por estarmos bem, e por termos forças para pedir pelos que necessitam.
Independente de crença e de religião, estas questões estarão sempre vivas e cabe a cada um encontrar as suas respostas. Eu ainda não encontrei as minhas, mas continuarei procurando.
E claro ajudar sempre com o que pudermos, abaixo segue link com alguns locais que estão arrecadando qualquer tipo de ajuda aos desabrigados.
(http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/chuvas-no-rj/noticia/2011/01/saiba-como-ajudar-os-desabrigados-da-chuva-na-regiao-serrana-do-rio.html)
Vídeo do resgate
Que Deus esteja sempre com cada um de nós.
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