segunda-feira, 25 de abril de 2011

Depressão - Todos nós podemos passar por isso.



Sofrimento, tristeza profunda, desânimo pela vida, angustia, ansiedade, medo do futuro, sentimento de incapacidade. Todos podemos sentir isso em determinados momentos da vida, porém quando tornam-se incontroláveis e ocupam a maior parte dos seus pensamentos - CUIDADO - A Depressão pode estar a um passo de você.



Há dias em que não queremos sair de casa, o nosso quarto é o nosso refúgio, a luz do sol incomoda, o escuro assusta, nada mais faz sentido e tudo fica cinza. Normal. Até aí ninguém está maluco ou necessitando de remédios tarja preta, apenas estamos passando por momentos ruins, que necessitam de um isolamento, de um período para reflexão. O que não podemos é mergulhar de cabeça nestes sentimentos e esquecer de viver.
Quando passamos por situações estressantes como a perda de um ente muito querido , precisamos de um tempo para trabalhar o luto e seguir em frente.  A perda de um grande amor, traz sofrimento angustia , necessidade de isolamento e de um quarto escuro, só que mais uma vez sair logo da tristeza é imprescindível pois as pessoas instintivamente fogem dos tristes e cabisbaixos. Quem já não ouviu falar: "Você primeiro precisa gostar de você para que os outros também gostem". O Período de luto, mesmo por um "amor vivo" faz parte da recuperação.
Na perda do emprego onde nos entregamos e demos muito de nós, ficamos sem o chão e claro sem dinheiro. Um período de tristeza e isolamento é normal, colocar as ideias em dia é necessário,  reestabelecer o controle rapidamente é a chave. Qual novo empregador irá admitir um funcionário triste e  revoltado com o mundo?

Também é normal se sentir fragilizado após uma situação estressante como um assalto, estupro ou sequestro. Esta tristeza e medo tende a passar depois de um período de duas semanas a seis meses, depois disto a vida vai entrando nos eixos. Só que às vezes a pessoa não consegue reagir e esta tristeza se transforma em depressão, principalmente nas pessoas com predisposição à doença.Sim,  ela pode ser genética. Famílias com históricos de depressão, devem ficar atentas aos primeiros sintomas.

Conheci casos de mulheres com depressão pós parto, que não conseguiram se livrar dos sintomas e se refugiaram em mundos criados por elas onde a entrada de estranhos torna-se impossível, desencadeando aflições muito piores. 
Trabalhando em hospital de alta complexidade, convivi com pessoas que se afastaram meses e até anos do trabalho, por causa da Depressão, tornam-se incapazes, infelizes.

 Após um período de tristeza, a pessoa esmorece e fica “isolada do mundo”. Não sente vontade de reagir, não acha graça em nada, se sente angustiada, sem energia, chora à toa, tem dificuldade para começar uma tarefa, dificuldade em terminar o que começou, persistência de pensamentos negativos e um mal-estar generalizado: indisposição, dores pelo corpo, insônia ou sonolência, alterações no apetite, falta de memória, concentração, vulnerabilidade, fraqueza, taquicardia, dores de cabeça, suores ou outros sintomas físicos que joga a pessoa pra baixo.(www.espacovidaclinica.com.br)



A pessoa com depressão, não vê saída para seus problemas, não consegue enxergar que existe vida além  dos seus maus pensamentos. Nada mais importa, sem ajuda e o fim pode ser muito triste.
 Depressão é doença e tem cura. Em muitos casos é necessário a intervenção de terceiros, pois o mesmo não tem forças para sequer enxergar que necessita de ajuda. Medicação, ajuda terapêutica e um ombro amigo operam milagres.



Não negue este ombro a quem necessita de ajuda, muitos não conseguem se fortalecer sem um ombro amigo, não se esqueça  que não é somente passando a mão na cabeça e dizendo: "Eu te entendo" e sim mostrando que existe vida além depressão. Não é fácil, a luta é árdua, se a pessoa entrou nessa não foi por vontade própria, por decisão "Ficarei Deprimida" e pronto. Situações, pré disposição genética ou não, meio social, enfim são muitas as variáveis possíveis.
 Estudos do Programa de Doenças Afetivas da Universidade Federal de São Paulo atestam que 20% da população brasileira, terá depressão um dia. Em níveis mundiais, as projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS), revelam que daqui a 20 anos, a depressão será a segunda doença incapacitante, perdendo apenas, para a isquemia cerebral. (Portal Viva Bem)

Assim como eu, tenho certeza que muitos que lêem isto agora, não querem fazer parte desta estatística. Muitos podem estar envolvidos pela depressão neste momento e procurar ajuda não é vergonha, é lutar pela qualidade de vida, pela felicidade que não é utópica, pode existir, e fazer parte dela pode ser muito bom.


Não se esqueça, momentos tristes e de sofrimento todos temos, já passamos ou ainda iremos passar, precisamos ter consciência de que é passageiro e que assim como tudo o mais em nossa vida a tristeza também passa. Apenas não podemos nos sentar na beira do caminho e esperar que tudo mude de braços cruzados. É hora de arregaçar as mangas e ir a luta.  A felicidade está logo ali, basta você construí-la.


Escrito por Silvia Navarro - Psicóloga

Chamada do Programa sobre Depressão a ser exibido em 25/04/11 no SBT Reporter


quarta-feira, 6 de abril de 2011

A coragem de uma mulher! Exemplo a ser seguido?


Esta semana fomos presenteados pelos noticiários da Televisão e rádio com a divulgação de um ato corajoso e único, acredito eu, jamais visto neste pais.
Uma mulher sem titubear, com celular em punho, denunciou em tempo real uma execução a tiros de um homem em  um cemitério da capital Paulista, para o 190. O mais incrível de tudo é que os executores eram nada mais nada menos, do que a própria Polícia Militar. E ainda enfrentou os políciais "Carrascos" dizendo que ela havia visto o que eles fizeram e estava falando com a Polícia, como se eles também não fossem.

Bem, os políciais estão presos, serão expulsos da corporação e a mulher está com a identidade preservada e participando agora do programa de proteção a testemunha, que espero profundamente que seja muito bom.

Esta mulher demonstrou uma coragem jamais vista, jamais imaginada por qualquer um de nós, você se imagina tendo uma reação destas frente a esta situação? Creio que não. Provavelmente nos esconderíamos, talvez até tentássemos denunciar depois, ou nos faríamos de mortos, fingindo que nada vimos, não por descaso mas por medo.

Dizem que esta mulher não acredita na Polícia Militar, discordo. Ela confiou na Polícia pois na realidade foi para ela que na hora da indignação pediu socorro, ligou para 190 - Polícia.

Mas o que quero dizer aqui não é apenas a confiança na PM ou não, em todas as profissões temos o lado ruim, temos médico preso por pedofilia outro por abuso sexual, advogados que facilitam a vida de criminosos e por aí vai, existem maus profissionais em todas as áreas. O que mais chama a atenção é a coragem desta mulher. O que faz com que uma pessoa comum que está em um lugar chorando a morte de um ente querido, pegue seu celular e denuncie um assassinato, de peito aberto mostrando a  cara para os "policiais bandidos"? Indignação talvez? Não sei. Mas com certeza, esta mulher que nem sequer gaguejou ao falar ao telefone, juntou uma força interior muito grande para ter tal reação frente a este descaso com a vida humana. No que será que ela pensou na hora? Será que ela imaginou o que poderia acontecer caso não tivesse conseguido efetivar sua denuncia? Que ela também corria risco de vida? Acredito que ela não pensou em nada disso.

Alguns podem falar: "Mas era bandido, estava assaltando". A policia não é Deus, estes homens julgaram e sentenciaram a morte alguém que não teve direito a defesa. Mas ainda dirão: " As vitimas dele também não". Sim concordo, mas que tal deixar este julgamento para quem de direito. Quem somos nós para julgarmos comportamentos, atitudes e até pensamentos?

A coragem desta mulher nos mostra um caminho tortuoso a seguir, um caminho de difícil acesso onde muitos não querem trilhar por medo das consequências, por medo de perderem suas vidas tranquilas e anestesiadas em um mundo particular, onde a violência não chega, onde as janelas estão fechadas para a realidade lá fora. Se não foi comigo nem com a minha família, por que devo me intrometer? Hoje não é, mas quem garante que depois não seja, por um engano ou não alguém dos seus seja preso julgado e sentenciado a morte em questão de minutos por outros "policiais bandidos"? E nem só por isso, se não começarmos a lutar por uma vida melhor, com menos violência e mais civilidade imagine onde iremos parar.

Esta mulher foi guiada por uma força superior, uma certeza interna de que nada lhe aconteceria se fizesse o certo, e o certo era denunciar. Ela tinha certeza de que os maus seriam punidos e que ela ficaria bem. Espero que continue assim, agora ela tem milhares de pessoas rezando para que ela fique bem, e que nós frente a situações que requeirão nossa coragem, tenhamos essa mesma certeza interna para agir corretamente.

Segue a gravação,  materia completa no G1  http://migre.me/4c1Zw


domingo, 3 de abril de 2011

Você daria um animal de estimação ao seu filho? Pense bem!!!



Parecia um domingo normal em família.  Almoço no shopping, cinema e rápido passeio pelas lojas do shopping, foi aí que tudo começou. A passagem pelo petshop, dois cãezinhos para venda uma Shih Tzu de R$ 2090,00 e um Yorkshire  por R$1600,00. Minha pequena criança de cachos, adora cachorrinhos e já há algum tempo pedia um de Natal, aniversário, dia das crianças, dia de coisa nenhuma, se encantou com os pequenos cães, um deles estava sendo comprado, sim existem pessoas que pagam estas pequenas fortunas por cãozinhos indefesos. Começa o drama: - "Mãe, ele vai ficar aí sozinho", "Mãe ele precisa de mim". "Vó, olha ele está triste". A avó comovida lança a pergunta: "Eles parcelam no cartão?"  Com medo das possíveis consequências deste surto, resolvi tirá-las de lá, mas não me livrei do problema , afinal também tínhamos que comprar um certo remédio, para uma certa labradora, hoje acredito que foi desculpa e complô contra minha pessoa. Cobasi, sim com feira de animais, e a volta para a casa com um Lhasa Apso, lindo marom claro, olhos esbugalhados, filhote. Claro que não pagamos aquele preço, podemos dizer que saiu 1/4 daquele valor.

Max


A partir daí minha vida mudou, ele é uma graça, fofo, mas......Cocô, xixi, comida, jornal espalhado pela casa na tentativa de acostumá-lo a fazer suas necessidades básicas em um único local, de preferência longe dos meus olhos e do meu nariz. Está impossível, ele bem que tenta mas não aprende.

O mais interessante é a ligação entre o cãozinho e a criança. Ele só quer  dormir em baixo da cama dela, só está onde ela está, ela chora ao simples fato de ter que deixá-lo sozinho.  Ao sermos duros com ele para ensinar alguns princípios básicos de educação canina e higiene, temos ele chorando de um lado e ela do outro.
Demos a ela além do pequeno Max, a responsabilidade de limpar a sujeira feita por ele e  cuidar da sua alimentação. Ela tem se mostrado preocupada e atenta aos movimentos dele. Quando ele faz seu cocô e xixi, pela casa  ela limpa passa desinfetante e dá bronca nele.

A criança com um bichinho de estimação, desenvolve habilidades e padrões de comportamento diferenciados, ela começa a observar melhor o meio ambiente, pois tem que avaliar o local para deixar seu animalzinho, não pode estar muito frio nem bater tanto sol. A responsabilidade se torna presente no dia a dia em forma de cuidados, carinho e preocupação. A criança participa mais do dia a dia da casa, pois agora ela também é responsável pela limpeza e manutenção dos ambientes de convívio familiar. 
Cabe aos pais não amolecerem frente as dificuldades dos cuidados com o animal, devem sim, orientar, supervisionar e ajudar, mas nunca fazer por eles, a não ser é claro quando estão na escola ou dormindo, mas deve-se deixar claro que as funções são dele e não suas.
A afetividade é mais desenvolvida, compartilha melhor alimentos, espaço e amigos. Para crianças pequenas há a percepção de que o mundo não gira em torno dela, pelo menos não mais, agora a atenção é dividida com o pequeno cão. Conceitos de higiene são aprendidos mais facilmente, lavar as mãos principalmente é muito importante.
O que não podemos deixar acontecer é que o animalzinho se torne o centro do Universo da criança, ela deve ter seus horários e deveres preservados, independentes do cão. Fazer a lição, estudar, dormir no horário certo e acima de tudo saber que existem locais que o seu cãozinho não poderá acompanhar e deverá permanecer em casa. A criança e a família não podem virar reféns nem mudar sua rotina por causa dele.

Mas devo admitir, é difícil! Na realidade os pais têm que ensinar os dois, o filho é o pequeno cão. A paciência dos pais também será treinada.
Na realidade todos os dias tento não me arrepender de ter permitido o presente, lembro então da felicidade da minha pequena criança de cachinhos e penso, esta fase vai passar, logo ele para de fazer suas necessidades pela casa, utilizando seu jornal no quintal, vai dormir na sua caminha, enfim minha vida voltará ao normal. Assim espero. Mas não devo esquecer que daqui há alguns anos, ou na pior das hipóteses há qualquer momento, deverei estar pronta para consolá-la e mostrar que a perda também é uma coisa natural da vida e no caso dos cachorros ocorre um pouco mais rápido.

Enquanto isso devo aguentar o coco pela casa, pano e desinfetante em punho, choro canino e infantil, afinal não basta ser mãe ou pai temos que participar. Agora tenho que ir ver se ele já fez suas necessidades no jornal. Boa sorte!


Nina - a mais fofa